domingo, 26 de fevereiro de 2012

A MORTE DE DANTON


Fazer A Morte de Danton, o enigmático texto de Georg Büchner, é provavelmente o desejo mais profundo de quem começou a dirigir espetáculos nos anos 70 do outro século. É em A Morte de Danton que se lançam muitas das questões do teatro que interessam a Jorge Silva Melo e onde a herança de Shakespeare é ultrapassada e o seu sopro histórico absorvido.

Peça desequilibrada, insólita, premonitória, desarrumada, desalinhada, em que às cenas de multidão se sucedem as insónias mais íntimas e em que a História é vista como um pesadelo nocturno. Jorge Silva Melo, rodeado de alguns dos seus mais regulares criadores, traz a Guimarães esta peça política para tempos conturbados.